Tivemos roda de dança!
O ISSA foi para a Festa da Primavera aqui na Cachoeira do Urubu. Muita festa e diversão, a comunidade estava lá, descendo o morro.
Viva a primavera e o urubu
Assoreamento do Lago Paranoá
A noção de sustentabilidade tem-se firmado como o novo paradigma do desenvolvimento humano. Diversos países vêm assumindo o compromisso e o desafio de internalizar, nas políticas públicas, as noções de sustentabilidade e de desenvolvimento sustentável.
Segundo ANDRADE[1] (2010) os desafios para a gestão ecológica do ciclo da água na bacia do Paranoá têm origem nos impactos ambientais causados pela ocupação urbana, tais como o aumento da velocidade de escoamento da água, devido à impermeabilização de parte significativa da bacia e à canalização dos leitos dos rios; a redução de áreas de infiltração, que afeta, diretamente, a quantidade e a qualidade das águas subterrâneas; as distorções no movimento por gravidade da água e a expansão urbana de baixas densidades (cidade dispersa) com jardins e piscinas que supõem uma demanda de consumo de água significantemente maior que as tipologias de altas densidades (cidade compacta).
A ocupação urbana pressiona o meio ambiente por meio do desmatamento das áreas edificadas, áreas estas que muitas vezes se estendem até as margens de rios; da erosão causada pelo enfraquecimento do solo desnudo; do assoreamento dos corpos hídricos; do volume de resíduos domésticos e de esgoto que sobrecarregam rios e estações de tratamento e acabam provocando poluição das águas; da sobrecarga do sistema de abastecimento de água; dos espaços públicos desprovidos de rede de captação de águas pluviais e de sistemas de reuso das águas servidas; da estrutura urbana que promove a dependência do automóvel; da umidade do ar, cada vez mais baixa, e da qualidade do ar comprometida. Todos esses fatores exigem do poder público uma estrutura de atendimento maior, com instituições fortalecidas e com a participação efetiva da sociedade na gestão dos recursos hídricos
O Lago Paranoá, um dos símbolos da Capital Federal, está sofrendo um processo de assoreamento que preocupa a todos e torna-se objeto de estudos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá. A discussão sobre a capacidade suporte do lago, quando vista por meio de indicadores como a eutrofização, a floração de algas, o surgimento de plantas aquáticas, a contaminação bacteriológica, os desmatamentos, as áreas degradadas, os processos erosivos e o consequente assoreamento dos corpos hídricos da área de drenagem e do próprio lago, deve ser entendida como expressão da ação antrópica decorrente dos usos e da ocupação do solo na Bacia do Lago Paranoá, o que vai contra a ideia de desenvolvimento sustentável.
Atualmente, o Lago Paranoá vem sendo usado para a prática de esportes, lazer, recreação, turismo, geração de energia e num futuro muito próximo, para o abastecimento público. Esses usos exigem que o lago mantenha certa quantidade e qualidade de suas águas, para que a população não venha a ficar exposta a riscos provenientes do uso desse corpo hídrico.
Os moradores mais antigos de Brasília devem se lembrar da época em que o Lago Paranoá sofria com o mau cheiro exalado de suas águas em função do processo de eutrofização, como mostram as reportagens do Correio Braziliense de 1978.
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal – CAESB, após um longo trabalho voltado para controlar a carga de nutrientes do lago conseguiu reverter o processo de eutrofização e tornou o Lago Paranoá um corpo hídrico saudável, novamente. Hoje, o lago sofre um processo de assoreamento sério, que pode novamente comprometer a qualidade e a quantidade de suas águas que estão se tornando rasas de forma não muito perceptível aos olhos, mas de forma alarmante se observarmos os braços do Lago Paranoá do Riacho Fundo e do Bananal.
Estudos da CAESB mostram o avanço do assoreamento nesses dois braços do lago e apontam como causa fatores como a ocupação desordenada, desde o início da construção de Brasília, da sub-bacia do Riacho Fundo; o processo de urbanização acelerado, a partir dos anos 90, na sub-bacia do Ribeirão Bananal, ocorrido da mesma forma em Águas Claras, Vicente Pires, Arniqueiras, Mansões Park Way, Cidade do Automóvel, Noroeste e Varjão.
Os estudos apontam também os fatores decorrentes das obras de infraestrutura de transporte, como o metrô, a duplicação da EPTG e EPGU. As marcas da exploração e da ocupação da Bacia Hidrográfica do Lago Paranoá expõem verdadeiras cicatrizes, observadas ainda hoje. Fotografias aéreas retratam as marcas das agressões sofridas pelo Lago Paranoá ao longo das últimas décadas.
E retrata o processo de assoreamento sofrido no braço do Bananal, próximo à Ponte do Bragueto nos anos de 1966, 1982, 1994 e 2009. A fotografia abaixo retrata o mesmo processo ocorrido no braço do Riacho Fundo nos anos de 1966, 1982, 1994 e 2004. Percebe-se pelas fotos que a diminuição do volume de água é muito grande e a recuperação desses braços exigiriam anos de altos investimentos públicos, que, mesmo assim, não trariam a garantia de estancar o processo.
Por todos esses motivos, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá – CBHRP, criado pelo Decreto Distrital nº 27.152, de 31 de agosto de 2006, com área de atuação ampliada pelo Decreto Distrital nº 31.255, de 18 de janeiro de 2010, com o intuito de promover o conhecimento adequado, essencial para a tomada de decisões e para estimular a ação convergente dos interessados em cuidar do patrimônio público e coletivo, está organizando um workshop sobre esse processo de assoreamento na busca de soluções sustentáveis para o Lago Paranoá.
O evento acontecerá durante os dias 20 e 21 de setembro de 2011 no auditório nº 1 do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília - UnB, Campus Darcy Ribeiro, Bloco 02, no horário de 8h às 18h, com apoio da ADASA, IBRAM, Embrapa Cerrados, SADIA S/A, Universidade Católica de Brasília – UCB, CAESB, CEB e Fundação Universidade de Brasília – UnB.
INSCRIÇÕES GRATUITAS – VAGAS LIMITADAS
[1] Liza Maria Souza de Andrade, doutoranda do programa de pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília - Conexões dos caminhos das águas no espaço urbano.
Objetivo
Aumentar a capacidade adaptativa da comunidade local e da natureza às mudanças do clima na região da Microbacia do Córrego do Urubu, Lago Norte, DF, com foco na gestão sustentável dos recursos hídricos e em estratégias e tecnologias socioambientais como Permacultura, Agreocologia e Agrofloresta.
O Projeto Aclimar tem uma abordagem participativa em todas as suas etapas: pesquisa e diagnóstico de vulnerabilidades e riscos ambientais e climáticos na Microbacia do Córrego do Urubu; Construção de Estratégias de Adaptação, implantação das Unidades Demonstrativas e Cursos de Capacitação.
Metodologia
O Curso de Capacitação em Tecnologias Socioambientais para Adaptação às Mudanças Climáticas (TSAMC) tem 48 horas de duração e será dividido em 3 módulos de dois dias cada. Quem cumprir os 3 módulos receberá o certificado de TSAMC. Com base numa metodologia participativa e no aprender fazendo, o curso será composto por atividades em sala de aula e práticas no campo, que serão realizadas em algumas das Unidades Demonstrativas apoiadas pelo Projeto Aclimar.
Conteúdo do Curso
Adaptação a Mudanças Climáticas e risco ambiental na Microbacia do Urubu
Causas e efeitos das mudanças do clima no DF
Entenda os riscos ambientais e climáticos na sua região: diagnósticos participativos
Adaptação a mudanças climáticas no contexto local: desenvolver estratégias e tecnologias para a Microbacia do Urubu
Estratégias sustentáveis de uso dos recursos naturais
Como construir uma relação harmoniosa entre ser humano e natureza
Permacultura como ferramenta de planejamento integrado e design de propriedades sustentáveis
Agroecologia e Agrofloresta para recuperação de áreas degradadas, Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de Reserva Legal
Produção de alimentos em espaços reduzidos com hortas Agroflorestais em quintais
Manejo e enriquecimento do Cerrado
Combate ao fogo
Sistemas sustentáveis para gestão de recursos hídricos
Captação e armazenamento de água de chuva
Técnicas de controle de erosão, drenagem e infiltração de águas pluviais
Saneamento ecológico, tratamento e reaproveitamento de esgoto doméstico
Conservação e recuperação de nascentes
Inscrição e Datas
A inscrição no curso será gratuita e as vagas são limitadas.
Será dada preferência a pessoas que possam participar dos três módulos, já que o conteúdo e a prática serão distribuídos ao longo do curso.
As inscrições podem ser feitas por email institutosalvia@gmail.com
Ou pelo telefone 30333845 até o dia 10 de outubro de 2011
Módulo 1 - 15 e 16 de outubro
Módulo 2 - 19 e 20 de novembro
Módulo 3 - 10 e 11 de dezembro
Para maiores informações: http://institutosalvia.blogspot.com
Instrutores:
Andrew Miccolis: Fundador e Coordenador do ISSA, Instituto Salvia de Soluções Socioambientais, possui 15 anos de experiência prática e consultoria de campo em Permacultura e Sistemas Agroflorestais. Ao longo dos últimos dez anos tem ministrado cursos e prestado consultoria em Permacultura, Sistemas Agroflorestais e Agroecologia para comunidades rurais e periurbanas, com ampla experiência nos biomas Cerrado e Amazônia. Possui 15 anos de experiência como consultor e moderador de processos participativos de planejamento, avaliação e capacitação em projetos e programas de desenvolvimento rural sustentável e gestão ambiental apoiados por órgãos como Ministério do Meio Ambiente, NATURA, FAO/Nações Unidas, Centro Internacional de Pesquisas Florestais (CIFOR), ISPN, GTZ, Ministério para o Desenvolvimento Internacional, Reino Unido.
Fabiana Mongeli Peneireiro: Agrônoma pela ESALQ/USP, mestre em Ciências Florestais, com envolvimento em agroecologia desde a graduação e na questão agroflorestal, acompanhando os trabalhos de Ernst Götsch desde 1995. Coordenou e executou projetos com pesquisa e educação agroflorestal na Amazônia pelo Arboreto/PZ/UFAC/Acre; trabalhou na proposta da Escola da Floresta no Acre. É membro da ONG Mutirão Agroflorestal desde sua fundação, em 2003. Consultora autônoma em agroecologia, agrofloresta e educação. Dentre as ações pelo Mutirão Agroflorestal, estão: organização do VII Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais; participação no Projeto “Educando com Jardinagem Agroflorestal”, em Santa Maria – DF; pratica agrofloresta, dentre outros locais, na Ecovila Aldeia do Altiplano, da qual faz parte publicações e cursos sobre agrofloresta. É doutoranda na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília.
Convidada especial:
Prof. Dr. Renata Marson Teixeira de Andrade da Universidade Católica de Brasília, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Governança Ambiental (Biocombustiveis e Mudança do Clima).
9:00 - 10:00 Inauguración
10:00 - 10:45 Retos globales socio-ambientales, Dr. Omar Masera
10:45 - 11:30 Marcos de sostenibilidad de biocombustibles: Un análisis comparativo del componente ambiental, Dr. Manuel Guariaguata
11:30 - 12:00 Receso
12:00 - 12:45 Biofuels in Brazil: mapping the key players and policy framework (Andrew Miccolis and Renata Marson)
12:45 - 14:00 Mesa de discusión
14:00 - 16:00 Comida
16:00 - 16:45 Local social and environmental impacts of biofuel cultivation: Views from the ground in Mexico and Brazil, Dra. Margaret Skutsch
16:45 - 17:30 Challenges surrounding environmental governance of biofuels in Brazil: sugar-ethanol in the Central-South and oil palm in the Amazon region (Andrew Miccolis and Renata Marson)
17:30 - 18:00 Receso
18:00 - 19:30 Mesa de discusión
21:00 - 23:00 Cocktail de bienvenida
Red Mexicana de Bioenergía, A.C.
Antigua Carretera a Pátzcuaro No. 8701 Col. Ex–Hacienda de San José de La Huerta – C.P. 58190 Morelia, Michoacán
redmexbioen@gmail.com - Tel.: 443 322 27 77 Ext. 42617
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